A incontinência urinária é um problema que pode acontecer em qualquer fase da vida, mas na terceira idade, afeta de 30% a 60% das pessoas com mais de 60 anos. A perda involuntária de urina costuma interferir nas atividades cotidianas e na qualidade de vida do idoso, porém, muitas vezes, é um problema sofrido em silêncio, pela vergonha de expor o assunto ou pela crença equivocada de que é um processo normal do envelhecimento.
Mesmo sendo considerado algo comum, não deve ser encarado como inevitável. Normalmente consiste num sintoma, com causas específicas, que devem ser diagnosticadas e tratadas. O tratamento vai depender do tipo, gravidade e causas. A incontinência urinária em idosos requer investigação da ginecologia, urologia ou geriatra para um diagnóstico e tratamento eficazes.
Podem ser recomendados medicamentos antibióticos para eliminar bactérias do trato urinário e fisioterapia pélvica. Cada caso é único e não existe uma fórmula ideal.
Tipos de incontinência urinária
- De esforço: ocorre quando não há força muscular pélvica para reter a urina. Ações como: espirros, tosse, rir, levantamento de peso ou qualquer outra atividade que pressiona a bexiga desencadeiam a perda de xixi.
- De urgência: neste tipo a vontade de urinar aparece subitamente e é muito forte ao ponto de não dar tempo de chegar ao banheiro. Em muitos casos, o fluxo de urina é desproporcional ao grau de vontade apresentado.
- Por transbordamento: é quando a bexiga está cheia o tempo inteiro e começa a vazar. Também acontece quando ela não esvazia por completo, causando gotejamento.
- Funcional: quando há a necessidade não atendida para urinar – por decisão própria ou impossibilidade física.
- Mista: quando as perdas são o resultado da combinação de duas ou mais causas.
Cuidados a serem tomados com a incontinência:
Pessoas com incontinência urinária devem ter atenção especial e cuidados redobrados durante o tratamento. É preciso levar em consideração fatores como o uso de diuréticos, ingestão hídrica, a dieta, a ocorrência de demência e delírio.
É necessário cuidado com a higiene local, para prevenção de infecções, a prática de exercícios e a redução de peso, de acordo com as possibilidades do idoso.
A Rede Ser acredita que é possível achar meios de lidar e amenizar o problema, com assistência e compreensão, de modo a melhorar a qualidade de vida do idoso, o convívio social, evitando assim sentimentos como a vergonha e o isolamento.