Os remédios são importantes aliados quando estamos doentes, mas abusar deles pode não ser uma boa ideia. Fazer uso de cinco ou mais medicamentos simultaneamente caracteriza a chamada polifarmácia ou interação medicamentosa, situação de risco para qualquer pessoa e, em especial, para os idosos, principalmente, quando envolve a automedicação.
Usar fármacos desencontrados, sem supervisão médica ou com múltiplas supervisões que não conversam entre si, pode causar consequências para o bem-estar do paciente, já que os princípios ativos dessas substâncias podem interagir entre si. A polifamácia pode levar a danos colaterais diversos, como problemas de memória, fragilização dos ossos, falência renal, insuficiência hepática e até risco de morte.
A polifarmácia também aumenta a chance de erro na hora de o paciente tomar os medicamentos. Ter muitos medicamentos na rotina torna mais difícil a organização de dias e horários, o que pode atrapalhar o tratamento.
É possível praticar uma polifarmácia saudável, mas apenas com acompanhamento e receita médica.
O uso de muitos remédios pode ser necessário para tratar certas condições de saúde e manter, ao mesmo tempo, o alívio dos sintomas, por exemplo. Mas a revisão das medicações em uso deve ser feita periodicamente pelo médico, ponderando a indicação, se ainda é necessário, se há alguma interação medicamentosa e se o efeito está sendo observado.
Para ajudar a diminuir esses problemas, é importante ter sempre por perto a lista dos medicamentos usados (nome, dosagem e frequência), não tomar medicação sem indicação e necessidade e não suspender medicação sem antes passar por uma avaliação médica.